Voltando ao tópico dos caixilhos de PVC...
Não vou ver-te nunca mais no mundo real. Resta-me continuar a vislumbrar-te sempre, como sombra, como forma, como mancha, por entre a terra que estas guitarras levantam e atiram contra as paredes do meu quarto, tocar-te nestas chicotadas e ricochetes que me abrem os cantos da boca.
Resta-me ver-te nos ecos destas vozes que me dizem para fazer coisas e que seriam bastante mais suportáveis se estivessem só dentro da minha cabeça, onde está tudo o que interessa.
O resto já não é nevoeiro. Já foi. Agora são silhuetas de prédios bulímicos a gritar por entre o barulho do catarro dos autocarros e dos charros a arder em imagens sempre calmas, de psiquiatra ou agência de viagens.
É nesta espécie de tempestade de areia que planeio tudo, incluindo continuar a viver. VÃO TODOS PARA O ENFARTE DA PUTA QUE VOS PARIU.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home