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Friday, February 22, 2008

Vocês, todas mortas

É uma visão. Mas é verdade. Passo após passo, bar após bar.
As vossas sepulturas. As vossas sepulturas de nós.
Sem flores, sem vergonha. Entregues aos sublimes caprichos
de intenção alguma! A fumar um cigarro, a sorrir, um sorriso histérico.
Vocês estão mortas e nós sabêmo-lo.
"Então há quanto tempo?" como se não tivessemos feito a mesma pergunta.
Como se nós não tivessemos tomado banho vezes sem conta nas mesmas mentiras
e nas mesmas verdades escondidas. Quantas vezes é preciso mastigar essa frase
para que deixe de ter sabor? Quantas vezes é preciso pensar nessas caras
desses montes de merda para eles deixarem de existir (na nossa cabeça).

Desce uma neblina sobre a cidade, enquanto vocês vadiam só mais um pouco.
A fingir a maior calma, a foder mais uma promessa. Adoro as vossas novas
gargalhadas. E a vossa nova vida, sem ser nova, só a ser vida.


Esta cidade não é um cemitério de raparigas, é uma morgue.
Nós não vamos reclamar ninguém. 12,56% diz que foi enfarte. As outras não sei.

1 Comments:

Blogger Daniel disse...

devo dizer que não lia nada tão bom há algum tempo!

6:52 PM  

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