Sexu, piestolas e bídeotápe
Cena I
(o café) Soraia (focada só naquele espaço entre o umbigo saído e os ombros) entra no café e chega-se ao balcão. (Ao mesmo tempo a câmara roda passando a focar-lhe descaradamente o rabo como se a perspectiva fosse a de um dos homens das obras que tomava o pequeno almoço na mesa atrás) Fala com o empregado num emaranhado imperceptível de palavras e, apenas se ouvem algumas moedas a tilintar em cima do balcão, levanta-se e vai-se embora (mantém-se o grande plano do rabo e o próprio movimento das nádegas é feito ao ritmo do nhac-nhac do mascar da pastilha, lembrando celulite e unhas dos pés pintadas de bermeilho.
Cena II
(na rua) Carro azul metalizado com chamas pintadas em verde lima-matrix pára no meio da passadeira. Sai uma mão (câmara foca a aliança) que apalpa um rabo nosso conhecido - PUTA QUIU PARIUE! - Calma, duia, foi só no rélax! - Ó MEU CABRUM, TU NUMAPALPES A BILHA QUEUTE PARTO TE OS CORNOS! - Soraia reconhece, enfim, o marido da irmã - Ah, foda-se, já tabáber querálgum tarado! Tás bom Joquinhas? - Ya... bou a buscar a tua irmã. Bens? -Pode ser, foufo!
Cena III
(o carro) É filmado de frente e, para nossa surpresa (ou não) só se vê o Joquinhas a cunduzir, sorriso rasgado e óculos de sol espelhados, o lugar do passageiro está, aparentemente, vazio. À medida que a câmara se aproxima o sorriso de Joquinhas aumenta.
Cena IV
(a chegada) A irmã (filmada de dentro do carro) vem se aproximando, com um ar entediado da espera e sopra, num suspiro, o fumo dum cigarro. Abre a porta e dá com Soraia com a cabeça no colo de Joquinhas - CUM CARALHO! ESTÁ MORTA!
- Ya...
Enfarte do Miocárdio
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