Mentes com todos os dentes

Leste poucos livros, mas leste o suficiente para estares a par das conversas dos best-sellers.
Tudo o que vestes e calças tem um nome ou um ícone que custou mais que tudo o resto à volta dele.
Passas pelo menos dois meses por ano com uma mancha branca nos olhos em contraste com o bronze queimado do resto da cara.
E finges não saber porquê.
Apareces em sítios com muita gente, gente como tu. Ou só gente. Gente que quer aparecer.
Até és um gajo porreiro, sabes que sim. Afinal conheces pessoal da surfada e até ouves um reggaezito.
E finges saber porquê.
És descontraído e eu gosto disso. Talvez a tua dicção esteja cuidada em demasia, ou gesticules demais. Mas isso fica ao critério de cada um.

Gosto do relógio, gosto da camisa desabotoada um botão abaixo do botão abaixo dos teus amigos, e gosto do teu cabelo, da maneira como não consigo discernir se esta descuidadamente penteado ou cuidadosamente despenteado.
De facto gosto tanto que nada me daria mais alegria do que ver tudo aquilo que és e que representas no lixo.

Avalio-te de cima abaixo. Sim, é verdade. E não se trata da futilidade que me acusas, trata-se da mentira que lanças para
te esquivares das perguntas(farpas) a que não consegues dar resposta.
Estás ligeiramente acima do dejecto canino na minha escala de inteligência. Parabéns.

Aposto que nas próximas eleições vais votar no meu partido: Coligação do Enfarte do Miocárdio.