"Right here in my pocket I carry the weight of the world" Rich Medina
As consciências andam pesadas. É impossível andar com o peso do mundo no bolso.
Passo-o para dentro de uma mochila que não tardará a ser uma mala, para crescer inexorável a limites desconhecidos.
Paro e sento-me porque estou cansadíssimo. Deixo o cérebro continuar a viagem.
Incrivelmente andam todos mais preocupados com o peso em dinheiro que levam no bolso,
do que com o peso das suas consciências.
Vão sobrevivendo como podem. Eu cá vou procurando motivos de interesse nos caixotes do lixo
que vou cumprimentando na rua.
Estou pesado demais para conseguir esboçar sequer um sorriso a qualquer humano que cruze comigo.
Prefiro ver o mundo desta perspectiva, sentado.
Daqui contemplo a importância de ser qualquer uma das pedras de calçada polidas, que se acotovelam à minha frente e bocejam aborrecidamente a erosão que lhes reduzirá a duas dimensões.
Ou um qualquer remendo de buraco no alcatrão, veio render o seu velho tenente, que cansado dos pesados rolamentos...Cedeu. Ou cheiro a pó que está tal forma cheio de histórias e vidas que devia ser mapeado como código genético de nós todos. Valem mais que todos nós. São leves.
Quase flutam por cima de nós.
Estamos gordos, há uma camada de gordura que bloqueia o vaso que liga o neurónio que guarda
os planos para realizar sonhos directamente à aorta. Enfarte galopante do Miocárdio.
Passo-o para dentro de uma mochila que não tardará a ser uma mala, para crescer inexorável a limites desconhecidos.
Paro e sento-me porque estou cansadíssimo. Deixo o cérebro continuar a viagem.
Incrivelmente andam todos mais preocupados com o peso em dinheiro que levam no bolso,
do que com o peso das suas consciências.
Vão sobrevivendo como podem. Eu cá vou procurando motivos de interesse nos caixotes do lixo
que vou cumprimentando na rua.
Estou pesado demais para conseguir esboçar sequer um sorriso a qualquer humano que cruze comigo.
Prefiro ver o mundo desta perspectiva, sentado.
Daqui contemplo a importância de ser qualquer uma das pedras de calçada polidas, que se acotovelam à minha frente e bocejam aborrecidamente a erosão que lhes reduzirá a duas dimensões.
Ou um qualquer remendo de buraco no alcatrão, veio render o seu velho tenente, que cansado dos pesados rolamentos...Cedeu. Ou cheiro a pó que está tal forma cheio de histórias e vidas que devia ser mapeado como código genético de nós todos. Valem mais que todos nós. São leves.
Quase flutam por cima de nós.
Estamos gordos, há uma camada de gordura que bloqueia o vaso que liga o neurónio que guarda
os planos para realizar sonhos directamente à aorta. Enfarte galopante do Miocárdio.
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