abi~o pr csas srias

Não há desculpa para o que fazemos.
Nem desculpa nem esperança. Não há volta nem mudança.
Não percebo o porquê das saudades de um mundo que nunca vi.
Mas sinto-o. Mas doi!
Exijo demais de nós, porque exijo demais de mim. E este hábito diário conduz lentamente a uma estrada que acaba na frustração.
Não a consigo mastigar. Nunca tomei o cálcio que a minha mãe me dava.
Tenho um leque de um sem-número de carências em proteínas, minerais, gorduras insaturadas e disponibilidade psicológica.
E agrava-se com a idade.
Por agora estou bem. Não tenho sede. Não tenho fome. Não tenho ambição por coisas sérias.
O que vai acontecer? Estou rodeado de idosos onde estou sentado. Quando os meus olhos tiverem rugas, será que verão um mundo melhor do que agora, sem rugas?
Não sei, não conjecturo.
Não crio expectativas... não tenho ambição por coisas sérias.

Um enfarte, dois enfartes, três enfartes do miocárdio.