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Tuesday, May 09, 2006

A Cigarra e os Black Sabbath

O livro era de um japonês qualquer. Engraçado, meio surrealista.
Uma merda.
Pelo menos quando comparado com a vista da janela.
Da janela via telhados. Mais do que um mas menos do que desejaria para enfrentar mais um pôr-do-sol. O estupor do pôr-do-sol era cor de cerveja, de várias cervejas, de várias cervejas de várias cores e todas elas mais impressionantes que a simpatia sem sal dos telhados.
Na telefonia estava o Ozzy: "I heard them tell me that this land of dreams was now. I told them I had ridden shooting stars and said I'd show them how" Não dizia nada e era por isso que ouvia. Não queria que dissesse nada e, sempre que se aproximava sequer de esboçar um diálogo, olhava para os telhados e escutava-os antes a eles.

Agora sei que é assim que deve ser.
Olho para os telhados só p'ra que me lembrem do pôr-do-sol e bebo uma cerveja(ou mais do que uma).
O livro do japonês continua a olhar-me com os olhos semicerrados e o Ozzy continua a falar sozinho com sotaque de fim de tarde.
Lembram-se da formiguinha que passou a vida a trabalhar?
Morreu de enfarte.

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